“Todo mundo, em algum momento da vida, já se indagou se é sedentário ou não. Neste cenário, muitas pessoas relutam em reconhecer-se nesta condição e falam: ‘jogo futebol uma vez por semana, às vezes caminho um pouco, dou uma volta de bicicleta no parque, etc’, como se isso pudesse responder à questão”, comenta o Dr. Gileade Fagundes, médico ortopedista do Hospital das Nações.
De acordo com o especialista, para ter a resposta à indagação, é importante saber o que é sedentarismo, em sua real definição. “Entender a realidade é o ponto de partida para poder aceitar a nossa realidade e então mudá-la”, afirma o médico.
A definição do termo “sedentarismo”, tanto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto do Colégio Americano de Medicina do Esporte (CAME), sugere-o como uma prática de atividades físicas leves inferior a 150 minutos por semana para a população entre 18 e 60 anos.
Dados mundiais publicados pela OMS mostram que 31% das pessoas acima dos 15 anos de idade são sedentárias (28% dos homens contra 34% das mulheres). Estima-se que ocorrem, aproximadamente, 2,3 milhões de mortes atribuídas a falta de exercícios.
Com esses dados alarmantes das organizações de saúde fica mais fácil entender se você está ou não entre o grupo dos sedentários e, se estiver, rever seus hábitos. É preciso entender que sua condição é séria e tomar alguma atitude para mudar essa realidade mantendo-se saudável.
“Em nossas vidas tão corridas, geralmente, optamos por alimentos ricos em gordura e açúcares (alta ingestão calórica). Quando deixamos de praticar atividade física com regularidade diminuímos nosso gasto calórico. Então vamos as contas. Consumimos mais calorias do que gastamos, restando assim saldo positivo de calorias. Mas não se engane com esse positivo, isso é ruim. É isso que leva ao inevitável aumento de peso e ao aparecimento de diversas doenças: obesidade, dislipidemia (colesterol alto), diabetes, hipertensão, risco aumentado de infarto e derrame, entre outras complicações”, alerta Dr. Gileade.
A OMS recomenda que adultos entre 18 e 64 anos pratiquem atividades aeróbicas (natação, caminhada, corrida, ciclismo) de moderada intensidade 300 minutos por semana e de alta intensidade 150 minutos.
É indicado ainda, fazer um treinamento para ganho de massa muscular 2 ou mais vezes na semana. “É preciso aliar a quantidade de exercícios e a intensidade, ou seja, ter um plano de ação. Para otimizar seus resultados procure seu médico para uma avaliação completa e juntos construírem um plano de ação multidisciplinar (envolvendo outros profissionais como nutricionista e educador físico)”, orienta o médico.