Depressão aumenta risco de infarto?

Depressão aumenta risco de infarto?

Verdade. As emoções são ‘processadas’ pelo cérebro, mas é o coração que pode acabar penalizado. Pesquisadores descobriram que a saúde do coração também está intimamente relacionada ao quadro emocional do paciente. Estudos apontaram que a depressão é mais do que um problema de humor, ela é uma doença inflamatória que tem influência direta nas doenças coronarianas, especialmente, em infartos.

Um estudo canadense realizado com 14 mil pacientes de 52 países identificou que o fator psicossocial – que inclui a depressão e o estresse crônico ou agudo – é a terceira causa de infarto, ficando atrás somente do colesterol alto e do tabagismo. Os estudiosos concluíram que emoções negativas aumentam em 2,67 vezes a chance de o paciente apresentar infarto. “Hoje os estudos comprovam que a depressão está relacionada com a deposição de placas de gordura nas artérias”, salienta o cardiologista.

Pesquisas apontam que os pacientes com depressão possuem elevados níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Em excesso, esta substância provoca um desgaste em todo o organismo e processos inflamatórios, que podem provocar lesão e formação de placa nos vasos sanguíneos, contribuindo para o infarto e até o AVC (acidente vascular cerebral).

A depressão é considerada uma doença inflamatória assim como a arteriosclerose (acúmulo de gordura nas artérias), que é considerada a principal causa de infarto, sendo assim o quadro depressivo deve ser tratado como fator de risco do infarto. “Podemos afirmar que há aumento de ocorrência de infartos em pessoas com quadros de estresse e depressão”, destaca o médico. Os estudos sobre esta correlação vêm ganhando cada vez mais espaço entre os cientistas.