A saúde da mulher merece toda a atenção e alguns exames de rotina devem ser levados à sério e acompanhá-la durante toda a sua vida, em todas as fases. Entre os mais comuns estão o hemograma, exame de urina, glicemia, colesterol total e suas frações, triglicerídeos, creatina (avaliação da função renal), TGO e TGP (avaliação da função hepática).
Na fase da puberdade, quando o sistema reprodutor feminino sofre algumas mudanças e a mulher se prepara para o início da vida sexual, além dos exames supracitados, é preciso também inserir na agenda de saúde feminina a visita regular ao ginecologista e a vacinação contra a infecção por HPV, vírus responsável pela Hepatite B e também pela maioria dos casos de câncer de colo do útero. Esse tipo de câncer é o segundo tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por doença no País, de acordo com o Ministério da Saúde.
Após iniciada a vida sexual, a mulher deve inserir nas rotinas de exames, o “famoso” Papanicolau, que avalia a saúde do colo uterino. Além disso, os especialistas também recomendam exames complementares como: ultrassom pélvico transvaginal e de mamas, colposcopia, vulvoscopia, captura hibrida e exames de sangue. Esses exames contribuem para a prevenção de lesões no colo do útero, miomas, cistos nos ovários, infecções, endometriose, entre outros problemas.
A partir dos 30 anos, a mulher precisa se manter atenta às doenças relacionadas ao aparelho genital feminino e deve realizar os seguintes exames: colpocitologia oncótica, colposcopia e ultrassonografia devem ser mantidos na rotina. Além disso, dependendo do histórico familiar, outros exames podem ser necessários para rastrear doenças tais como o câncer de mama. São eles: exame clínico e mamografia.
Nessa fase, os especialistas também orientam a realização da densitometria óssea, exame que permite avaliar a presença de osteoporose, e um cuidado especial à tireoide, glândula na região do pescoço que produz hormônios importantes para a saúde feminina. Especialmente aos 35 anos, as mulheres precisam ficar atentas ao surgimento de nódulos no pescoço, em especial aquelas que apresentem casos da doença na família.
A mamografia é um exame que passa a ser necessário no check-up feminino a partir dos 40 anos. No entanto, em casos nos quais há histórico de câncer de mama na família, os especialistas podem solicitá-lo antes dos 40, entre 30 e 35 anos. De acordo com o INCA, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano.
Segundo especialistas, avaliações cardiológicas também devem ser foco nessa fase, já que ocorrem alterações hormonais que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Isso porque o hipotireoidismo pode afetar com mais frequência as mulheres após os 40.
Aos 50 anos, a mulher está se preparando para a chegada da menopausa. Nessa fase, há chances maiores de ser afetada pela osteoporose. A densitometria óssea passa a ser um exame ainda mais importante. Também é nesse período que os quadros de câncer aumentam, especialmente o câncer de mama, cólon e colo uterino. Para a prevenção, os médicos recomendam a manutenção de exames como a mamografia, o Papanicolau, colonoscopia e exames de sangue.
Na melhor idade, aos 60 anos, é importante manter os mesmos exames, os quais precisam ser ainda mais frequentes. Nesse período, devem-se intensificar os cuidados com a osteoporose e manter a realização periódica da densitometria óssea e as visitas ao cardiologista para prevenção da hipertensão arterial e doenças do coração.
Além de todo o cuidado com os exames em cada fase, a mulher deve manter outro hábito preventivo essencial: controlar o peso com exercícios físicos e alimentação balanceada. Manter o equilíbrio do corpo ajuda na manutenção da saúde e no afastamento de doenças como o câncer.