Vida moderna X Saúde do coração

A nomenclatura assusta e a situação também: infarto do miocárdio.
Trata-se do resultado da obstrução de uma artéria que leva o sangue para o coração. Essa condição é mais comum a partir dos 45 anos e o risco aumenta com o avançar da idade. Acontece que, nos últimos anos, esse cenário sofreu alteração e isso tem chamado a atenção dos especialistas da área.

Doenças cardiovasculares provocam 30% de todos os óbitos registrados no Brasil e no Mundo. O agravante nesse cenário é a tendência do aumento significativo do número de casos entre adultos jovens, que vem se configurando nos últimos anos, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Esses números mostram o quanto o estilo de vida da pós-modernidade tem afetado a saúde, especialmente dos mais jovens, que, cada vez mais estão sedentários e com má alimentação.


Sintomas

Entre os sintomas principais dessa condição estão: dor no peito —que pode irradiar para o braço esquerdo —, sensação de aperto no tórax, suor excessivo, palidez e alteração na frequência cardíaca. Os especialistas alertam, no entanto, que o ataque cardíaco pode ser assintomático, especialmente entre idosos e pacientes com diabetes. Dessa forma, é importante ter acompanhamento médico e realizar exames com frequência.


Prevenção

Com a revelação dos últimos estudos, os profissionais da saúde reforçam a orientação para que a população comece a pensar mais na prevenção às doenças cardiovasculares. Segundo eles, é preciso agir para evitar o entupimento das artérias e isso é possível adotando algumas medidas simples de prevenção. Entre elas, as mais eficazes são a prática de exercícios físicos, alimentação adequada, fim do tabagismo e o adequado controle de fatores de risco como: hipertensão, colesterol elevado e diabetes.


Mudar hábitos para ter saúde

A mudança desses hábitos torna possível evitar boa parte dos ataques cardíacos, especialmente entre os mais jovens. De acordo com profissionais da ARO (Academic Research Organization), uma unidade da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein que coordena pesquisas clínicas de grande porte, apesar da possibilidade de controle e tratamento, esses fatores de risco são altamente prevalentes na população brasileira.: cerca de 40% apresentam colesterol alto, 28% apresentam hipertensão e em torno de 15%, diabetes.

No Brasil, o desafio está na conscientização sobre a importância de cuidar da saúde do coração. Em 2017, uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indicou que 67% dos entrevistados não tinham ideia de seus níveis de colesterol.

Fique atento com a saúde do seu coração. Independentemente da idade, é preciso procurar a orientação de um cardiologista e realizar check-up anualmente. Esse profissional também poderá orientar você sobre os exercícios e dieta adequados, mediante a realização de exames. Cuide-se!