Lesões: como lidar com elas?

Desde o início da pandemia muitas práticas tiveram que ser adaptadas por conta, especialmente, do isolamento social. Os exercícios físicos estão nessa lista, afinal, as academias, escolas de natação e centro esportivos foram fechados e não havia uma previsão de retorno. Durante esse período, os praticantes de atividades físicas tiveram que se adaptar para manter o ritmo e o hábito, e claro, manter o estilo de vida saudável.

O problema nesse cenário é que muitas pessoas começaram a praticar seus exercícios dentro de casa e sem nenhuma orientação profissional e a falta de preparo ou o exagero nos movimentos resultaram em lesões. Há diversos relatos de pessoas com lesões de joelho, perna, quadris e região lombar.

Segundo especialistas, o excesso ou a prática de uma atividade física sem os devidos cuidados, pode acabar prejudicando a saúde. Por isso, é importante ficar atento aos sinais do corpo e saber o momento de buscar ajuda profissional.

Lesões musculares mais comuns

Como as lesões musculares podem afetar pessoas de qualquer idade que realizem repetidas vezes movimentos errados ou então esforços além do seu condicionamento físico. As principais lesões que podem afetar a musculatura são: estiramento; distensão; contusão; ruptura ou laceração. Os especialistas classificam-nas em grau 1, grau 2 ou grau 3. No grau 1, uma pequena quantidade de fibras musculares é lesionada, cerca de menos de 5% do total. No grau 2, acontece um comprometimento maior, mas que ainda não ultrapassa 50% do total de fibras. Já nas lesões de grau 3, aquelas mais graves, ocorre a ruptura de muitas fibras musculares, sendo mais de 50% delas.

De acordo com médicos, no geral, as lesões musculares são classificadas como contusões ou estiramentos. As lesões de grau 3 são as menos comuns. Mesmo assim, ainda que o machucado seja de menor gravidade, recomenda-se tratá-lo para que as fibras possam se regenerar.

Identificando lesões musculares

Segundo especialistas, as lesões que provocam dor nos músculos, dificuldade para realizar movimentos e até mesmo perda de força no membro afetado são identificadas como as de com menor gravidade. Já aquelas que causam inchaço, vermelhidão, aumento da temperatura no local lesionado e, em casos severos, hematomas, são vistas como graves.

Tratamento de lesões musculares

Como você pode imaginar, as lesões de menor gravidade são possíveis de serem tratadas em casa, pois a dor e os incômodos podem ser melhorados com compressas frias e a aplicação de sprays, loções ou géis. De acordo com os médicos esportivos, compressas ou aplicação de gelo, devem ser realizadas por 15 minutos, cerca de 3 ou 4 vezes ao dia, nas 48 horas após o ferimento. E, caso ocorra algum inchaço, basta elevar o membro afetado e isso ajudará a melhorar a circulação local, aliviando a dor e reduzindo o edema.

Nesses casos, recomenda-se o uso apenas de analgésicos ou relaxantes musculares para minimizar a dor e diminuir a tensão. No caso dos anti-inflamatórios, eles somente devem ser ingeridos se você já tiver recebido essa indicação de um médico. Em um estudo publicado recentemente na Wiley Online Library, doses altas dessas substâncias podem interferir no processo de cicatrização das fibras musculares, retardando sua recuperação, atrapalhando a hipertrofia e reduzindo o ganho de força.

Já em casos de lesões de maior gravidade é preciso ter acompanhamento especializado, pois o médico realizará exames para analisar a extensão das rupturas, o que indicará quais medicamentos são mais adequados para melhorar a recuperação das fibras musculares. Além disso, recomenda-se o repouso do músculo lesionado, pois a rotina normal somente poderá ser retomada quando não houver mais sintomas e os movimentos estiverem mais uma vez confortáveis.

Enfim, o que você precisa saber sobre lesões musculares é que tem tratamento e o melhor é sempre buscar auxílio médicos e seguir corretamente a orientação do profissional. Cuidando dos seus músculos eles vão se recuperar rapidamente, devolvendo a você os movimentos sem dor. Dessa forma, você poderá retomar suas atividades físicas de forma mais segura.