Ansiedade: como reconhecer e lidar com ela?

Para falar de ansiedade é preciso, primeiramente, entender que essa é uma emoção normal sentida diante da antecipação de situações novas, desconhecidas ou de perigo, que deve ocorrer de forma temporária. No entanto, para alguns indivíduos esse enfrentamento e adaptação pode durar mais e ser mais intenso, prejudicando o estado emocional. O resultado é intenso sofrimento que leva a distúrbios do sono, comportamentos evasivos, incapacitantes e de isolamento social.

Segundo especialistas, a origem da ansiedade em níveis mais avassaladores está na vida moderna, que acaba ditando um ritmo maquinário para os humanos. Esse transtorno é desencadeado pela preocupação excessiva com o futuro. É como se você não conseguisse se “desligar” o cérebro e ele não descansa. São preocupações que envolvem a saúde, a situação financeira – especialmente por conta da pandemia, além da cobrança e auto cobrança de desempenho profissional, pensando nas regras ditadas por um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Em alguns casos surge como um quadro leve com dores de cabeça, cansaço, alterações no apetite, problemas gastrointestinais. Noutros, a sensação de coração acelerado (arritmia), distúrbios do sono, ataques de pânico e sensação de morte iminente.

Quando a pessoa está com ansiedade, o cérebro fica em constante estado de alerta por causa de certas preocupações, vivendo sob uma apreensão negativa do futuro – é como se você não conseguisse se “desligar”. A dica dos especialistas é não dar “espaço” para situações que possam gerar um quadro de ansiedade. A procrastinação, a baixa autoestima, o pessimismo, a falta de concentração são alguns dos fatores que podem dar origem à ansiedade.

Tratamento: Um dos caminhos comuns para o tratamento da ansiedade é a psicoterapia e, em alguns casos, o médico pode sugerir medicação para amenizar crises ou diminuir a frequência delas. Se esse for o caso, é importante lembrar que a medicação não deve ser suspensa sem ordem médica. Além da psicoterapia, os especialistas recomendam uma mudança no estilo de vida, especialmente com a inclusão de atividade física, alimentação equilibrada e sono de qualidade.

Mudança de hábitos: Diante de uma doença tão avassaladora assim, a orientação dos médicos é uma só: aprenda a reconhecê-lo para lutar contra ele com as armas certas. Nessa luta, no entanto, a maior dificuldade está no diagnóstico. Segundo especialistas, muitas pessoas acabam recebendo o tratamento errado com orientação de medicação para alívio rápido, deixando de investigar com profundidade a doença, o que poderá levar mais tempo, mas trará uma possibilidade de real de cura.