A Organização Mundial de Saúde (OMS) define osteoporose como sinônimo de Densidade Mineral Óssea (DMO) diminuída, ou seja, é a perda acelerada de massa óssea, um processo que ocorre durante o envelhecimento e provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio, tornando os ossos frágeis e aumentando o risco de fraturas.
Por conta disso, é preciso ficar atento à prevenção. Maria Cristina Walbach, reumatologista do Hospital das Nações, explica que para prevenir a osteoporose é importante evitar algumas práticas e hábitos não saudáveis à saúde, como o fumo, o exagero no consumo de bebidas alcoólicas e café, a ingestão inadequada de cálcio e, em especial, o sedentarismo. “É muito importante iniciar a prevenção na infância e adolescência, por meio de uma alimentação equilibrada e rica em cálcio, e a prática de exercícios físicos regularmente no sentido de formar uma boa reserva óssea, que poderá trazer benefícios à medida que envelhecemos”, alerta. “Os exercícios físicos estimulam a produção de massa óssea e devem ser feitos em todas as fases da vida, respeitando as limitações individuais, auxiliando assim a prevenir fraturas na velhice”, orienta a médica.
O diagnóstico precoce e a história clínica – onde se procura evidenciar os fatores de risco – são extremamente importantes na prevenção. Dra. Maria Cristina explica que fazer a medida da densidade mineral óssea por meio de um exame chamado Densitometria Óssea é o melhor caminho. “É um método não invasivo e de alta precisão, que já detecta pequenas perdas. É um procedimento indicado para fazer o diagnóstico precoce e acompanhar o tratamento, e deve ser validado por um especialista. Os valores encontrados são comparados aos de pessoas normais com a mesma idade, peso, altura e sexo”, comenta.
Para colocar a osteoporose fora do caminho, mulheres após a menopausa e homens após os 50 anos devem ingerir, em média, um grama e meio de cálcio ao dia. O cálcio é um mineral essencial para o organismo humano, estando ligado à formação dos ossos e dentes. Encontra-se em vários alimentos, como leite e derivados, vegetais de folhas verdes escuras, feijão cozido e peixes como atum e sardinha. “Também é recomendado tomar sol, em média 20 minutos ao dia. O objetivo é sintetizar, por meio dos raios ultravioletas ao nível da pele, a vitamina D, cuja principal função é a de absorver o cálcio ao nível do intestino e fixar nos ossos”, afirma a reumatologista.