Todo mundo quer ter uma vida mais longa e saudável, e muitos acabam buscando diversos métodos e projetos para atingir essa meta. Nessa jornada, algumas pessoas optam por consumir – muitas vezes, por conta própria – algum tipo de suplemento alimentar e ao invés de ganhar saúde acabam por perdê-la.
Diante do fácil acesso aos suplementos alimentares pela não necessidade de indicação médica, a aquisição desses itens tem se tornado algo comum e rotineiro. E aí é que mora o perigo, pois quando a pessoa busca suplementação por conta própria não sabe exatamente qual a sua necessidade vitamínica. Apenas em uma consulta médica e a partir de exames é possível saber sobre as deficiências do organismo para iniciar um tratamento com suplementos alimentares. E, também, para o caso de atletas, os suplementos corretos para a melhora de sua performance.
Segundo especialistas, um dos perigos da suplementação está no consumo de suplementos em altas doses, o que pode trazer prejuízos tão graves quanto a deficiência de micronutrientes. O uso em grande quantidade de algum item que o corpo não necessita, por exemplo, pode resultar em quadros de efeitos colaterais agudos, como uma diarreia; e crônicos, como enfraquecimento das unhas e até a perda de cabelo e dentes.
Segundo pesquisa do Instituto QualiBest, quem consome suplementos gasta, em média, de R$93 a R$125 reais ao mês. Ou seja, o consumo de suplementos alimentares sem prescrição médica para o correto uso não sai caro apenas para a saúde, mas também pesa no bolso.
Quando os suplementos são indicados
A indicação da necessidade do uso de suplementos alimentar é confirmada em uma consulta médica. Caso contrário, a pessoa poderá investir muito em produtos que não trarão os benefícios esperados. Não basta comprar suplementos, é preciso saber como utilizá-los e a quantidade ideal para o organismo.
De acordo com nutricionistas, é preciso estar atento à questão da biodisponibilidade, ou seja, quanto desse nutriente será de fato utilizado pelo organismo. Um exemplo simples pode ser representado na reposição de ferro e cálcio. Ao entrar no organismo, ambos vão para o intestino onde concorrem por um espaço. Dependendo como a pessoa consumir o suplemento ferroso, ele pode não funcionar. Caso ela tenha anemia, por exemplo, e consumir o suplemento ferroso junto a um copo de leite, carregado de mineral, o produto não funcionará. Ou para quem toma suplemento de cálcio antes de comer um pedaço de bife cheio de ferro.
Há situações em que a suplementação alimentar é fundamental, como por exemplo, os casos de anemia em crianças e mulheres com fluxo menstrual intenso e, também, vegetarianos que necessitam de reposição de ferro; a reposição de vitamina D para quem vive em ambientes fechados ou cidades onde o sol aparece poucas vezes. Ou, no caso específico das gestantes, que precisam dos suplementos de ácido fólico para o desenvolvimento saudável do bebê.
Para todos os casos, antes de iniciar a suplementação alimentar é preciso buscar orientação médica. A partir de exames laboratoriais, o especialista identificará a necessidade ou não do suplemento e também a quantidade adequada para cada paciente.