O cigarro eletrônico ou vaping tem sido cada vez mais utilizado em todo o mundo. Não raro é possível avistar pessoas utilizando esse aparelho em bares, shoppings, etc. Mas, o que era moda, agora virou preocupação e assunto de saúde.
Desde o início de sua comercialização, diversas pesquisas foram feitas – especialmente nos Estados Unidos – e algumas comprovam que o seu uso tem levado muitas pessoas a procurar auxílio médico por conta de uma doença respiratória associada, exclusivamente, ao uso do aparelho.
A doença ainda não tem um nome em português, apenas em inglês e chama-se Evali. A nomenclatura significa: “lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping” e foi dada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos, onde mais de 1.200 casos e dezenas de mortes já foram notificados.
O perigo da mistura de substâncias
Segundo recente reportagem do site Uol, as autoridades ainda não identificaram um culpado pela condição, mas, a maioria dos pacientes relatou o uso de produtos que contêm THC e/ou nicotina, por meio do cigarro eletrônico ou vaping. Por conta disso, a recomendação naquele país é que a população deixe de usar esses produtos, especialmente os que contenham THC (um dos princípios ativos da maconha) e nicotina.
Outro agravante nesse contexto está nos aditivos colocados em alguns cigarros eletrônicos para dar sabores de fruta, que trazem ainda mais danos à saúde. Especialistas do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor da Faculdade de Medicina da USP entrevistados pelo site Uol, destacaram a dificuldade em identificar a causa da doença, por conta da mistura desses aditivos não regulamentados. Dessa forma, torna-se quase impossível saber em quais substâncias eles vão se transformar após o aquecimento e o que isso vai causar no organismo do usuário.
Mesmo o cigarro eletrônico ganhando espaço entre os fumantes também no Brasil, ainda não há estudos sobre o que as substâncias que produzem o vapor do cigarro eletrônico causam na saúde e tão pouco uma fiscalização efetiva em relação ao uso do apetrecho. Sendo assim, cabe aos usuários ficarem atentos quanto à mistura de substâncias utilizadas nos aparelhos. Caso sinta algum mal-estar durante o uso, recomenda-se procurar auxílio médico em caráter de emergência.