Não faltam motivos para se preocupar com o crescimento da obesidade no mundo. A doença, que afeta 1 a cada 8 adultos, costuma estar relacionada a outras doenças como hipertensão arterial, diabetes, doenças articulares, apneia do sono, esteatose hepática e até mesmo infertilidade, tanto nos homens como nas mulheres.
Um recente estudo publicado pela Obstetrics and Gynecology Clinics of North America diz que há comprometimentos na saúde reprodutiva de homens e mulheres obesos. Nos homens, porque afeta a produção de testosterona e espermatozoides. Obesos produzem cerca de 8 milhões de espermatozoides a menos do que o homem de peso normal e os que produzem são de pior qualidade e lentos, interferindo na capacidade de fecundar o óvulo.
Já nas mulheres, a obesidade pode causar: irregularidade menstrual, ovários policísticos, descompensações hormonais causadas e produção de óvulos com baixa qualidade. Se por sua vez ambos do casal forem obesos, haverá três vezes mais dificuldades para gerar filhos do que um casal de peso normal.
Por isso, aos que desejam conceber não há outra resposta, se não emagrecer. A perda de peso trará benefícios a saúde como um todo e ampliará as chances de uma gravidez.
“Para os casos de obesidade grave, a cirurgia bariátrica é indicada e os principais objetivos são o controle ou melhora das doenças associadas, que geralmente se resolvem com a redução de peso e modificação da anatomia do aparelho digestivo; e a melhoria da qualidade de vida”, explica dr. Paulo Nassif, cirurgião bariátrico.