A menopausa é uma fase da vida da mulher na qual os ovários param de produzir óvulos e há o desequilíbrio dos hormônios. Normalmente, ela chega com alguns sintomas como a depressão, ondas de calor, mudanças bruscas de humor e secura vaginal.
De acordo com a ginecologista do Hospital das Nações Dra. Daniele Pastore, os sintomas da menopausa são identificados dos 40 aos 55 anos. “A maioria dos casos ocorrem em torno dos 51 anos. Antes dos 40 anos, ela é considerada precoce e após os 55 anos ela é considerada tardia”, destaca.
Os sintomas relacionados a essa fase são múltiplos, mas em geral os mais clássicos seriam os sintomas vasomotores, chamados popularmente de ‘fogachos’ ou ‘calorões’, que estão presentes em 75 a 85% das pacientes e se caracterizam por períodos transitórios de rubor em face, pescoço e tórax associados a calor, sudorese e, muitas vezes, a palpitações, com duração de 2 a 4 minutos. Aqueles casos de ondas de calor frequentes com prejuízo da qualidade de vida representam a principal indicação para terapia de reposição hormonal atualmente.
“Outros sintomas que costumam ocorrer nesse período são a irritabilidade, as alterações de humor, a insônia, o ressecamento vaginal, a diminuição da libido, a incontinência urinária, dentre outros”, explica.
Exames importantes na menopausa
Durante a fase da menopausa, a mulher deve manter sua rotina de checkup e exames de rotina. Em se tratando dos exames relacionados ao rastreamento de câncer, por exemplo, deve-se incluir a mamografia, a colpocitologia oncótica (preventivo) e a colonoscopia, com suas periodicidades individualizadas.
“É relevante, ainda, abordarmos com a paciente a importância da prevenção do risco cardiovascular, com avaliação clínica do peso, da circunferência abdominal, da medida da pressão arterial e do rastreio de diabetes e de dislipidemia. Por fim, a avaliação da densidade óssea com densitometria está recomendada após os 65 anos, porém em casos selecionados deve ser iniciada antes dessa faixa etária”, orienta Dra. Daniele.
Ao chegar na menopausa, a mulher deve ficar atenta à sua saúde para se manter saudável, especialmente no tocante às doenças cardiovasculares, que representam as principais causas de morte após a menopausa. Além disso, a perda de massa óssea após esse período aumenta significativamente. “Por conta disso, além dos cuidados com realização de exames periódicos especialmente para o rastreio de câncer, é fundamental a orientação quanto à importância da realização de atividade física regular, da cessação do tabagismo e da alimentação saudável”, afirma a médica.
Perda da libido após a menopausa
Segundo Dra. Daniele, as queixas acerca da sexualidade são prevalentes durante a vida reprodutiva e após a menopausa; no entanto, no climatério as pacientes costumam ficar mais vulneráveis devido à interação de diversos fatores, como alterações de autoimagem por mudanças na aparência, ganho de peso, distúrbios do sono, estresse, uso de medicações, problemas no relacionamento com o parceiro e ressecamento vaginal. “Dessa forma, a queda da libido está sim relacionada à menopausa, porém, ela deve ser sempre abordada com avaliação desses múltiplos fatores associados e não apenas com o tratamento hormonal”, explica.