A meningite é um processo inflamatório das membranas protetoras que envolvem o cérebro e a medula espinhal, conhecidas como meninges. De acordo com o Dr. Eduardo Ditzel, médico infectologista do Hospital das Nações, infecções virais e bacterianas são causas comuns dessa doença, que algumas vezes pode ser confundida com uma gripe ou resfriado comum. “Quando não identificada e tratada a tempo, as meningites infecciosas podem trazer sequelas e altas taxas de mortalidade”, alerta o especialista.
Segundo dr. Eduardo, os principais sintomas das meningites infecciosas são a febre e a cefaleia. No entanto, o médico destaca que outros sintomas como náuseas e vômitos também são bastante comuns e muitas vezes mialgia e mal-estar podem estar presentes. “A sonolência excessiva e as crises convulsivas, por exemplo, são sinais de meningite grave e devem ser avaliadas de forma imediata pelo médico”, orienta.
Por ser uma doença com diversos sintomas, há muitos mitos em torno da meningite. Um deles é de que a doença atinge somente crianças que não foram vacinadas. O médico infectologista esclarece que se trata de um mito. Segundo ele, “Uma vez que a vacinação contra a meningite reduz drasticamente a chance de a criança vacinada desenvolver uma infecção contra os sorotipos de bactérias incluídas na vacina que ela recebeu”.
O especialista destaca que a vacinação na infância não impede a infecção por outras bactérias não contempladas por ela, tampouco a chance de desenvolver meningite de origem viral. “É importante ressaltar que, apesar de a vacinação não reduzir o risco de desenvolver todos os tipos de meningite; ela é fundamental para prevenir as meningites mais graves, com maior chance de óbito e de sequelas”, ressalta o médico.
Como todas as demais doenças, há formas de prevenção à meningite. E a mais eficaz é a vacinação. “É preciso manter o calendário vacinal atualizado. Vacina é vida!”, relembra o Dr. Eduardo, que também orienta a avaliação médica diante de qualquer situação que possa lembrar um quadro clínico de meningite: “A avaliação médica deve ser feita o mais rápido possível”, alerta. Além disso, pessoas que tiveram contato próximo/íntimo com pacientes com meningite também devem ser avaliadas por um médico, pelo risco de adoecimento. Neste caso, o médico decidirá a necessidade de antibióticos para prevenir a infecção”, orienta.