Ao contrário do que muitos imaginam – e até acreditam – medir a pressão diariamente não é algo que deve ser feito apenas pelas pessoas da terceira idade (ou melhor idade). Pensar assim é colocar a saúde do coração em risco.
Um quadro de hipertensão arterial ou pressão alta pode atingir adultos que aparentemente parecem saudáveis. Trata-se de uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela é um dos principais fatores para uma série de outros problemas graves, como o Infarto e o AVC.
Para prevenir a doença e o agravamento do quadro, é importante entende-la melhor, conhecendo as formas de prevenção, observando seus sintomas e buscando tratamento junto ao cardiologista o quanto antes.
De acordo com Dr. Walmor Lemke, cardiologista do Hospital das Nações, existem dois tipos de hipertensão: primária e secundária e ambas merecem atenção. “A maioria dos pacientes sofre de hipertensão arterial primária, ou essencial, ou sem causa definida. Porém, a chamada hipertensão secundária, como o nome já sugere, está associada a outros fatores, como por exemplo fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, elevado consumo de sal, sedentarismo, utilização de medicamentos que provoquem aumento da pressão além de outras doenças”, esclarece.
A hipertensão secundária, como esclareceu o médico, também é grave e está associada a hábitos ruins que prejudicam a saúde do indivíduo. Ou seja, em seu tratamento – e também na prevenção, além da medicação orientada pelo cardiologista, deverá ocorrer a inserção de hábitos que devolvam a saúde ao organismo e gerem bem-estar. “Os melhores métodos de prevenção são aqueles que objetivam mudanças no estilo de vida, chamada de MEV, que basicamente baseiam-se em mudanças alimentares, perca de peso e realização de exercícios físicos”, orienta Dr. Walmor.
Já sou hipertenso, o que devo fazer para controlar esse quadro?
Segundo Dr. Walmor Lemke, é muito importante que o primeiro passo do hipertenso seja marcar a consulta médica e avaliar o quadro junto ao cardiologista. “Isso vale tanto para quem já obteve medidas de pressão acima do normal, como aqueles que não o fizeram, porém apresentam obesidade, sedentarismo, fumam, tem dieta com muito sal, pertençam a famílias de hipertensos. O indivíduo deve seguir as orientações deste profissional de saúde que irá personalizar o tratamento, com várias dicas a serem implementadas no dia a dia”, destaca.