A obesidade é atualmente a segunda maior causa de morte no mundo e o grau de obesidade é diretamente proporcional à taxa de mortalidade, uma vez que, quanto maior o acúmulo de gordura corporal, maior é a probabilidade de desenvolvimento de doenças.
Por ser uma doença crônica, ela não tem cura, mas é possível controlá-la. Nos casos de obesidade grave, as preocupações se redobram e por isso o tratamento cirúrgico é o mais indicado. “Há liberação cirúrgica para os pacientes que já usaram de várias tentativas para perda de peso, com orientação médica, sem obter sucesso duradouro e que apresentem IMC entre 35 e 40 Kg/m², com doença relacionada à obesidade.” explica Dr. Paulo Nassif, cirurgião do aparelho digestivo que coordena uma equipe multiprofissional de estudos e tratamento da obesidade.
Entre as principais complicações da obesidade está a hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, que é estabelecida pela força com que o coração empurra o sangue para as artérias e a resistência que esse encontra ao percorrê-las. Em obesos, a gordura dificulta esse processo, por isso a pressão arterial se eleva e pode causar lesões no cérebro, coração, rins e olhos.
A hipertensão não é impedimento para a cirurgia, mas é necessário que ela esteja controlada com o uso adequado de medicações, mantendo os níveis dentro do desejado, além de necessitar do controle e acompanhamento rigorosos do cardiologista no pré e no pós-operatório.
“A boa notícia é que a maioria dos pacientes hipertensos que são submetidos à cirurgia da obesidade tem uma melhora significativa na sua condição clínica devido à redução da gordura e geralmente passam a não precisar nem mesmo de medicações para manter a pressão arterial controlada, “ finaliza Dr. Paulo Nassif.