A notícia do câncer de mama, para a maioria das mulheres, soa como uma sentença de morte. Mas não precisa ser assim. Com o avanço da medicina, estão disponíveis muitos tratamentos que podem colaborar na qualidade de vida da paciente e também levar à cura.
Para entender o câncer de mama e saber por onde começar ao receber um diagnóstico positivo, é preciso saber os riscos da doença e também desmistificar algumas informações errôneas que se espalham (especialmente pelas redes sociais).
Em relação aos riscos, de acordo com o Dr. Adriano Montalvão Boareto, oncologista cirúrgico do Hospital das Nações, entre os principais, inicialmente, está o crescimento da doença localmente (na mama), com possibilidade de infecções, sangramentos, necrose e etc. Com o tempo, pode ocorrer dor e invasão de estruturas adjacentes, como os músculos e ossos da parede torácica. “Além disso, o câncer pode se disseminar para os linfonodos da axila, causando dor e desconforto local, além da sensação de aumento de volume local. Com o tempo a doença se espalha para outras partes do corpo, sendo os mais comuns, ossos, pulmões, pleura, fígado e cérebro. Tal disseminação leva a disfunção dos órgãos e óbito”, explica.
A faixa etária que o câncer de mama atinge também é um mito. Segundo o especialista, a doença pode ocorrer em qualquer idade, porém é raro antes dos 35 anos. A principal faixa etária é após os 50 anos.
Outra informação sobre o câncer de mama importante para a prevenção, é que a doença não atinge só as mulheres. Isso mesmo, apesar de a mama do homem ser menos desenvolvida, o câncer de mama masculino também acontece e, normalmente, está ligado a fatores genéticos.
Prevenção e informação correta ajudam na cura A principal atitude para combater a doença é a prevenção. Dr. Adriano esclarece que há fatores de risco para o câncer que não há como mudar, tais como a genética ou a idade. Porém, segundo dados do INCA, apenas com alimentação saudável, nutrição e atividade física é possível reduzir em 28% o risco de se desenvolver o câncer de mama. “Também auxiliam na prevenção não ter hábitos como fumar ou consumir bebidas alcoólicas em excesso. Outra importante forma de prevenir, que normalmente é esquecida, é a amamentação (quanto mais, melhor)”, alerta o oncologista.
Tratamentos existentes
Em caso de um diagnóstico positivo para o câncer de mama, entram em cena os tratamentos. De acordo com Dr. Adriano, esses tratamentos vão depender principalmente da fase em que a doença é diagnosticada. “Casos de doença localizada (tumores pequenos) podem ser tratados com cirurgia de retirada do tumor e linfonodos, com possível tratamento radioterápico e medicamentoso (comprimidos) após. Em tumores maiores, pode ser feito tratamento com cirurgia e quimioterapia. Na doença avançada, com metástases, o principal pilar do tratamento é o sistêmico, com quimioterapia”, esclarece.
Como detectar o Câncer de Mama?
É durante a consulta médica que o câncer de mama pode ser detectado a partir da coleta de uma história completa (histórico familiar, hábitos e outros fatores de risco) e exame físico. “Caso alguma alteração seja percebida, partimos para exames complementares. Entre os exames, o principal é a mamografia. Também temos a ultrassonografia (ou ecografia), para os casos de mamas densas ou quando a mamografia é inconclusiva. Atualmente também dispomos da ressonância magnética para avaliar casos especiais”, destaca Dr. Adriano.
O autoexame das mamas também tem sua importância, primeiramente como conhecimento do próprio corpo e também para procura de auxílio em caso de mudanças de padrão.
Além de prevenção, tratamento e informação correta, é preciso fugir dos mitos sobre o câncer de mama, tais como: usar sutiã apertado ou desodorante causam a doença. Toda dúvida sobre a doença, diagnóstico, tratamento, prevenção etc.; devem ser compartilhadas com o médico, pois ele é o especialista que poderá ajudar de forma correta.
No Hospital das Nações você encontra um time de profissionais preparados para auxiliá-lo. Se precisar, conte conosco!