O câncer de mama é um dos tipos mais comuns de câncer entre as mulheres em todo o mundo. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil foram 59.700 novos casos diagnosticados em 2018. Apesar dos números, nem tudo está perdido. O câncer de mama pode ser diagnosticado e tratado. A cura chega para 95% dos casos da doença, mas isso só acontece quando o diagnóstico é precoce – e quando os tumores têm até 1 cm de diâmetro.
Para manter esse percentual, a medicina diagnóstica tem avançado em pesquisas para oferecer tratamentos cada vez mais inovadores. De acordo com especialistas, diferente do passado, muito já se avançou em relação ao tratamento de câncer de mama, quando todas as pessoas recebiam o mesmo tipo de tratamento. Hoje já é possível ter um tratamento personalizado a cada paciente, a partir de análises que permitem identificar traços do câncer que são específicos do indivíduo e que podem ser utilizados como alvo no tratamento.
De acordo com especialistas da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), muito já se evoluiu na busca do tratamento mais adequado ao câncer de mama, especialmente no tocante aos estudos das células.
Em recente entrevista ao portal R7, Paula Saab, da SBM – Sociedade Brasileira de Mastologia, explica que atualmente, é possível identificar a presença de receptores dos hormônios progesterona e estrogênio, que favorece tratamentos com remédios que produzem menos efeitos colaterais que a quimioterapia. Além disso, as análises detectam a ocorrência do chamado HER2, uma proteína que pode existir na célula tumoral. Assim, ao ser identificada em um número maior que o habitual, se torna um fator de estímulo para o crescimento do câncer. E a evolução da medicina diagnóstica nas duas últimas décadas consiste exatamente aí, com o desenvolvimento de medicamentos com anticorpos específicos para o bloqueio do HER2, que combatem as células com HER2 sem permitir que elas se proliferem. A utilização desses remédios pode se dar em conjunto com outras terapias ou individualmente, depois de uma análise da situação de cada paciente.
Segundo a especialista, quando ministrados em conjunto, esses medicamentos têm mostrado resultados muito animadores em relação à chance de cura nas pacientes que possuem HER2 superexpresso. A sobrevida de quem já apresenta metástase, por exemplo, subiu de três meses para uma média de quatro a cinco anos.
Segundo a mastologista da SBM, já em relação à cirurgia mamária, os procedimentos também evoluíram: “Quarenta anos atrás, a operação na mulher com câncer retirava a mama, os músculos, os gânglios e até ossos sob a região mamária, absolutamente tudo”.
Paula conta na entrevista que mesmo no tocante à radioterapia, a medicina apresenta consideráveis progressos, contando sempre com a tecnologia como aliada, como, por exemplo, a programação das máquinas para radiar apenas o tumor, preservando ao máximo os órgãos saudáveis adjacentes, diz Paula.
Diagnóstico precoce e prevenção
O avanço dos tratamentos do câncer de mama favorece o diagnóstico precoce. E é nele que reside a chance de cura. Por isso, é preciso que as mulheres se “toquem”, se cuidem. Além do autoexame (apalpar as próprias mamas para identificar possíveis anormalidades), é importante que a mulher faça outros exames periódicos, como a mamografia. Esse exame deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos de idade e possibilita identificar tanto lesões invasivas como lesões não invasivas que podem se transformar num câncer no futuro.
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